Diabetes mellitus define um grupo de alterações
genética e clinicamente heterogêneas que têm em comum a intolerância aos carboidratos.
A gestação é considerada diabetogênica porque se caracteriza pela resistência à
insulina, associada ao aumento dos níveis séricos de estrogênio, prolactina,
progesterona, cortisol e somatomamotrofina coriônica, visando manter constante
o suprimento de glicose para o feto. Na gestação normal isto é compensado pelo
aumento da secreção pancreática de insulina. Nas pacientes com alterações no
metabolismo dos carboidratos prévias à gestação e nas que não se ajustam às alterações
próprias da gravidez, a elevação da glicemia materna acarreta hiperglicemia e hiperinsulinemia
fetal, levando a um aumento da morbimortalidade perinatal.
Os avanços observados nas últimas duas
décadas nas áreas de obstetrícia e pediatria e a melhoria do controle glicêmico
durante a gestação levaram a uma significativa diminuição da morbimortalidade
perinatal associada ao diabetes na gravidez. No entanto, complicações
neonatais como membrana hialina, macrossomia, hipocalcemia,
hiperbilirrubinemia, policitemia e hipomagnesemia ainda atingem 25% dos
recémnascidos de mães diabéticas e as malformações congênitas superam em quase
três vezes aquelas observadas na população geral e contribuem como a principal
causa de mortalidade perinatal.
Para minimizar as condições adversas,
a paciente diabética deve ser orientada a planejar suas gestações, de modo que
os níveis glicêmicos estejam normalizados antes mesmo da concepção3 e durante a
gestação o controle pré-natal deve ser realizado por uma equipe
multidisciplinar de assistência. A avaliação periódica dos resultados perinatais
é necessária para o aprimoramento dos protocolos de conduta.
O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher. Não é comum a
presença de sintomas. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes
pesquisem, a partir da 24ª semana (início do 6º mês) de gravidez, como está a
glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da
ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância a glicose .O
diagnóstico é feito caso a glicose no sangue venha com valores iguais ou
maiores a 92 mg/dl no jejum ou 180 mg/dl e 153 mg/dl respectivamente 1 hora e 2
horas após a ingestão do açúcar. Algumas mulheres tem maior risco de
desenvolver a doença e devem estar mais atentas.
São considerados fatores de risco para o diabetes
gestacional: Idade materna mais avançada, ganho de peso excessivo durante
a gestação, sobrepeso ou obesidade, Síndrome dos ovários policísticos, história
prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional, história
familiar de diabetes em parentes de 1º grau , história de diabetes gestacional
na mãe da gestante, hipertensão arterial sistêmica na gestação e gestação
múltipla (gravidez de gêmeos).
O controle do diabetes gestacional é feito na
maioria das vezes através de uma orientação nutricional adequada. A gestante
necessita ajustar para cada período da gravidez as quantidades dos nutrientes.
A prática de atividade física é uma medida de grande eficácia para redução dos
níveis glicêmicos. A atividade deve ser feita somente depois de avaliada se
existe alguma contra-indicação, como por exemplo, risco de trabalho de parto
prematuro.
Aquelas
gestantes que não chegam a um controle adequado com dieta e atividade física
tem indicação de associar uso de insulinoterapia. O uso da insulina é seguro
durante a gestação e o objetivo da terapêutica é a
normalização da glicose materna, ou seja, manter níveis antes das refeições
menores que 95 mg/dl e 1 hora após as refeições menores que 140 mg/dl. É importante destacar que a
maioria das gestações complicadas pelo diabetes, quando tratada de maneira
adequada, irá ter um excelente desfecho e os bebês nascerão saudáveis.
Aproximadamente 6 semanas após o parto a mulher que teve diabetes gestacional deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos. O histórico de diabetes gestacional é um importante fator de risco para desenvolvimento de diabetes tipo 2 ao longo da vida adulta e na senilidade. O aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes permanente após o parto. O desenvolvimento de diabetes tipo 2 após o parto frequentemente é prevenido com a manutenção de uma alimentação balanceada e com a prática regular de atividades físicas.
Aproximadamente 6 semanas após o parto a mulher que teve diabetes gestacional deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos. O histórico de diabetes gestacional é um importante fator de risco para desenvolvimento de diabetes tipo 2 ao longo da vida adulta e na senilidade. O aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes permanente após o parto. O desenvolvimento de diabetes tipo 2 após o parto frequentemente é prevenido com a manutenção de uma alimentação balanceada e com a prática regular de atividades físicas.
Referências:
http://www.diabetes.org.br/diabetes-gestacional
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v49n3/a40v49n3.pdf
http://www.projetodiretrizes.org.br/5_volume/14-Diabet.pdf
A diabetes gestacional é causada porque a mãe tem que fornecer glicose ao feto e aumenta a produção de insulina que gera hipoglicemia. O principal problema do excesso de açúcar no sangue é que ele atravessa a placenta e chega ao bebê, o que pode fazer com que ele cresça demais. Um bebê muito grande pode dificultar o parto, e aumenta a probabilidade de precisar de uma cesariana. O bebê também fica mais propenso a ter icterícia e hipoglicemia após o parto, e a apresentar problemas respiratórios. O volume de líquido amniótico também pode aumentar demais. Há pesquisadores que acreditam que bebês grandes demais têm maior probabilidade de sofrer de obesidade mais tarde. Quando adultos, também têm mais propensão à própria diabete. Quando a mulher já era diabética antes da gravidez, há um risco maior de o bebê apresentar problemas de saúde -- especialmente se a diabete pré-gestacional não estava sendo controlada. Pode acontecer de a mulher só descobrir que é diabética nos exames do pré-natal. Esse é um dos motivos para a recomendação de as mulheres se submeterem a novo exame de glicemia de jejum cerca de um mês e meio depois do parto.
ResponderExcluirCorreção: o primeiro hipoglicemia é hiperglicemia
ExcluirReferencia: http://brasil.babycenter.com/a700349/diabete-gestacional
Durante a gravidez, a placenta, que liga o seu bebê para seu suprimento de sangue, produz altos níveis de vários hormônios. Quase todos eles prejudicam a ação da insulina nas células, aumentando o nível de açúcar no sangue. Dessa forma, uma elevação modesta de açúcar no sangue após as refeições é normal durante a gravidez. Conforme seu bebê cresce, a placenta produz mais e mais hormônios que atuam no bloqueio de insulina. No diabetes gestacional, os hormônios placentários provocam um aumento do açúcar no sangue em um nível que pode afetar o crescimento e o bem-estar do bebê. A gestante portadora de DMG não tratada tem maior risco de rotura prematura de membranas, parto pré-termo, feto com apresentação pélvica e feto macrossômico. Há também risco elevado de pré-eclâmpsia nessas pacientes. Com relação ao feto, além da macrossomia, o risco para o desenvolvimento de síndrome de angústia respiratória, cardiomiopatia, icterícia, hipoglicemia, hipocalcemia, hipomagnesemia e policitemia com hiper viscosidade sanguínea, encontra-se fortemente aumentado.
ResponderExcluirFonte: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes-gestacional
No primeiro trimestre, são desenvolvidos todos os órgãos do bebê - fase em que o diabetes gestacional normalmente ainda não se manifestou.
ResponderExcluirA partir do terceiro trimestre, o principal efeito da doença é o aumento do tamanho do feto, que pode apresentar o peso de 39 semanas, mesmo estando com 32, por exemplo. Também pode aumentar a quantidade de líquido amniótico (que envolve o bebê), o que eleva o risco de infecções.
Com esses fatores, o risco de parto prematuro também é maior: se o bebê tem peso maior que o esperado, o útero vai entender que está na hora de entrar em trabalho de parto.
Na hora do parto, é possível que seja difícil retirar o bebê, em cesárea ou parto normal. Após o nascimento, ele pode apresentar hipoglicemia: o bebê estava acostumado com uma quantidade excessiva de açúcar que ele recebia da mãe e, quando nasce, isso acaba. Há também o risco de problemas respiratórios, devido ao excesso de peso, e icterícia.
Importante post, visto a "popularidade" que a diabetes apresenta atualmente e o grande número de complicações que pode causar ao parto. Também é necessário entender as causas e tratamentos da diabetes gestacional.
FONTE
http://vidaeestilo.terra.com.br/fertilidade/noticias/0,,OI6350887-EI20142,00-Diabetes+deve+ser+controlada+para+evitar+riscos+ao+bebe.html
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA postagem foi muito interessante na medida em que trabalhou um tema muito importante no que diz respeito à gravidez, que é o Diabetes Melitus, e os possíveis danos ocasionados ao bebê, na possibilidade de sua ocorrência. Como muito bem mostrou o texto, os avanços observados nas últimas duas décadas nas áreas de obstetrícia e pediatria têm reduzido em muito, o número de mortes no período perinatal, com medidas que englobam o controle e a prevenção de diversas doenças, e que, no caso do diabetes, se apresenta principalmente em uma melhoria do controle glicêmico durante a gestação. Tal controle é feito pela bioquímica clínica, na chamada análise clínica, que é a responsável pela medição dos níveis de glicose no organismo, utilizando um exame feito a partir de uma coleta sanguínea, onde, no mesmo, é efetuada a separação do soro e do plasma em centrífuga, e, em seguida, a transferência do soro para o colorímetro. Atualmente, no Brasil o diabetes é um grande problema de saúde pública, evidente nos dados de mortalidade em sua decorrência, que só em 2010, chegaram a 54 mil, de acordo com o Ministério da Saúde, o que significa que o mesmo matou mais do que a aids e mais do que o trânsito. Diante disto, uma proposta de intervenção política está colocando em foco este problema e apontando soluções que propõe uma maior ênfase na prevenção, o exame obrigatório de glicemia no protocolo de atendimento médico de urgência e emergência, o direito da pessoa com diabetes às medicações e aos materiais de autocontrole, e o apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico voltado para o enfrentamento e o controle do diabetes e problemas relacionados. Tal medida, se aprovada, reduzirá em alto grau o número de mortes por diabetes, e contribuirá se bem aplicada, para o bem-estar do povo brasileiro. Aguardo ansiosamente novas postagens sobre este assunto.
ResponderExcluirFonte:
Http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/saude/472702-proposta-cria-politica-para-prevencao-do-diabetes.html
Http://www.infoescola.com/bioquimica/glicose/
O diabetes gestacional (DMG) é um dos fatores de risco que pode comprometer o desenvolvimento eutrófico do feto. Nos procedimentos de rotina do pré-natal, já é realizado monitorização dessa condição por meio de exames de glicemia de jejum, seguindo a rotina das consultas preconizadas pelo MS. A atuação do profissional deve ser focada em ações preventivas como orientação alimentar, priorizando a ingesta de carboidratos complexos como pão integral, cereais com alto teor de fibras, saladas, frutas, etc. Os exercícios físicos são importantes aliados para evitar obesidade, condição que pode ser o pivô do aparecimento do DMG. Em pacientes já acometidas, deve-se monitorizar o crescimento fetal por meio de USG (ultrassonografia gestacional) e técnicas de medição do útero gravídico.
ResponderExcluirO tema tratado no post é de suma importância e reitera a importância do acompanhamento pré natal e orientação nutricional a todas as gestantes, o que infelizmente ainda não ocorre no Brasil. É válido acrescentar também que "Para a mãe, além de aumento do risco de cesareana, o diabetes gestacional pode estar associado à toxemia, uma condição da gravidez que provoca pressão alta e geralmente pode ser detectado pelo aparecimento de um inocente inchaço das pernas, mas que pode evoluir para a eclâmpsia, com elevado risco de mortalidade materno-fetal e parto prematuro.".
ResponderExcluirFonte:http://guiadobebe.uol.com.br/diabetes-gestacional/
O diabetes gestacional atinge de 3 a 7% das mulheres e também se caracteriza pela baixa produção de insulina pelo organismo.A insulina é um hormônio produzido para transformar o açúcar que consumimos em energia, de acordo com a nossa necessidade. Ao comermos um bolo doce, por exemplo, produzimos uma quantidade de insulina maior do que se tivéssemos ingerido uma refeição salgada.O diabético é aquele que não produz insulina ou que não a produz na quantidade necessária. Quando isso acontece, o açúcar circula pelo sangue sem ser utilizado, gerando alto teor glicêmico no organismo. Assim como pessoas obesas têm mais chance de ter diabetes, as grávidas com alto ganho de peso também podem sofrer com a doença durante a gestação. O sobrepeso, aliado a uma alimentação muito calórica, diminui a produção de insulina e gera o diabetes. O diabetes gestacional muitas vezes passa despercebido ao longo do pré-natal, com alterações leves para as mães, mas com efeitos importantes para os bebês. Ganho excessivo de peso, imaturidade pulmonar, maior risco de traumatismo no parto e problemas metabólicos, especialmente hipoglicemia, são algumas das complicações comuns nos primeiros dias após o nascimento. Obesidade infantil, desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes, além de doenças vasculares crônicas na vida adulta são os problemas que costumam ocorrer a médio e longo prazo em bebês macrossômicos, ou grandes para a idade gestacional, termos técnicos utilizados para essas crianças.
ResponderExcluirhttp://www.einstein.br/einstein-saude/gravidez-e-bebe/paginas/diabetes-risco-para-gravidas-com-alto-ganho-peso.aspx
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI101862-15543,00.html
O Diabetes gestacional é o problema metabólico mais comum na gestação, segundo Brasil (2000), e ocorre em cerca de 3 a 13% das gestações. No Brasil a prevalência estimada é de cerca de 7,6% nas gestantes de mulheres acima de 20 anos, constituindo-se assim num relevante problema de saúde pública, considerando os graves risco que impõe à saúde da mãe e do recém-nascido.
ResponderExcluirNa mãe, causa um aumento do risco de incidência de pré-eclâmpsia na gravidez atual e de desenvolvimento de diabetes no futuro. Já ao feto, o expõe aos riscos de distócia no parto decorrentes da macrossomia (excesso de peso), e no pós-parto há risco de hipoglicemia, icterícia, sofrimento respiratório, policitemia (excesso de glóbulos vermelhos no sangue) e hipocalcemia.
Referência:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/caderno_atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf
http://www.manualmerck.net/?id=278&cn=1434
Correção: Brasil (2012).
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