sábado, 29 de novembro de 2014

A importãncia da ingestão de micronutrientes na gravidez

A deficiência de micronutrientes como vitamina A, ferro e zinco são considerados um grande problema de saúde pública em muitos países em desenvolvimento e ocasionam diversos agravos à saúde dos indivíduos, pois esses nutrientes apresentam importante atuação na manutenção de diversas funções orgânicas vitais, como crescimento, reprodução, função antioxidante e função imune. A deficiência de micronutrientes, durante o período gestacional, pode trazer consequências adversas para saúde das gestantes e para o desenvolvimento fetal. Durante o período de lactação, as deficiências nutricionais da nutriz podem contribuir para a manutenção de baixas reservas de nutrientes nos lactentes, aumentando as chances para o desenvolvimento de carências nutricionais nos primeiros anos de vida, período em que há maior prevalência de agravos à saúde infantil.


Vitamina A

A Vitamina A é um micronutriente essencial para diversos processos metabólicos, como a diferenciação celular, o ciclo visual, o crescimento, a reprodução, sistema antioxidante e imunológico. Apresenta especial importância durante os períodos de proliferação e rápida diferenciação celular, como na gestação, período neonatal e infância.
A deficiência de vitamina A (DVA) existe em mais de 96 países do mundo, sendo que, no Brasil, estudos realizados em várias localidades têm demonstrado índices preocupantes em gestantes e recém-nascidos, dentre outros grupos. Estima-se que 10 a 20% das gestantes sejam acometidas pela cegueira noturna, sintoma da deficiência de vitamina A, e que a mesma se associe com risco cinco vezes maior de mortalidade materna nos dois anos pós-parto. Além disso, as gestantes com cegueira noturna e DVA parecem estar mais predispostas às intercorrências e complicações gestacionais, tais como aborto espontâneo, anemia, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, náuseas, vômitos, falta de apetite e infecções do trato urinário, reprodutivo e gastrointestinal.
O ácido retinóico desempenha papel importante no período embrionário, atuando mais especificamente no desenvolvimento do coração, olhos e dos ouvidos. Trabalhos experimentais sugerem que a ingestão tanto deficiente, quanto excessiva de vitamina A no período gestacional está associada a defeitos congênitos cerebrais, oculares, auditivos, do aparelho gênito-urinário e cardiovascular, podendo promover reabsorção de embriões e, até mesmo, a morte fetal, sendo que a associação entre a DVA e a perda reprodutiva também foi descrita em humanos. Sabe-se que durante a gestação as reservas fetais de vitamina A são limitadas e acredita-se que esse fenômeno esteja relacionado com a seletividade da barreira placentária que atua regulando a passagem dessa vitamina da mãe para o feto, provavelmente para evitar efeitos teratogênicos. Tal mecanismo favorece a baixa reserva hepática de vitamina A no recém-nascido, independente da ingestão materna, com exceção em casos de ingestão excessiva ou deficiência materna grave. Há também relato, em recém-nascidos, de baixa produção da proteína responsável pela mobilização hepática de Vitamina A (Retinol Binding Protein - RBP), com valores correspondentes a 60% daqueles observados nas mães, em virtude da imaturidade hepática ao nascer.
A suplementação de vitamina A durante a gestação ou imediatamente após o parto pode beneficiar as gestantes com esta carência nutricional, pelo aumento das reservas hepáticas maternas. Dessa forma, a suplementação de gestantes que apresentam essa carência nutricional vem, cada vez mais, ganhando espaço durante a atenção pré-natal, sobretudo quando fatores que afetam a ingestão dietética estão presentes.
Diante deste contexto, os níveis séricos de retinol de recém-nascidos são menores que os níveis maternos em cerca de 50%, sendo essa situação crítica em caso de prematuridade, pois tanto o nível sérico, quanto a reserva hepática de vitamina A, tendem a ser mais baixos. A formação de reservas fetais de vitamina A se inicia durante o último trimestre de gestação e, após o nascimento, necessita de vários meses de ingestão adequada para construir suas reservas. Normalmente, a transferência de vitamina A da mãe para o filho é 60 vezes maior durante os seis meses de lactação, quando comparada à transferência ocorrida durante os nove meses gestacionais, sendo a concentração de vitamina A no leite materno suficiente para suprir as necessidades diárias, supondo-se o estabelecimento de amamentação plena.
O leite materno é de suma importância e deve-se ressaltar que o seu conteúdo de Vitamina A é influenciado pelo estado nutricional de Vitamina A materno. Portanto, caso o leite seja proveniente de nutrizes com dieta pobre em vitamina A, desnutridas ou, caso a criança seja desmamada precocemente, as reservas do recém-nascido serão baixas e aumentarão as probabilidades de desenvolvimento de DVA. As nutrizes que apresentam desnutrição moderada podem suprir as necessidades fisiológicas de seus bebês durante as primeiras semanas de aleitamento, pois o colostro e o leite materno, na fase inicial da lactação, são ricos em Vitamina A. Entretanto, após esse período, o teor de vitamina A do leite é diminuído nessas mães, podendo comprometer a reserva hepática do lactente, trazendo graves conseqüências para a sua saúde, devido ao papel da vitamina A no sistema imunológico. Sabe-se que a deficiência em crianças está freqüentemente associada à diarréias, infecções respiratórias e sarampo, contribuindo para o aumento das taxas de morbidade e mortalidade infantil.

Ferro

O ferro é o oligoelemento mais abundante no organismo humano, participando de diversos processos metabólicos, incluindo o transporte de elétrons, metabolismo de catecolaminas (co-fator da enzima tirosina hidroxilase) e síntese de DNA. A deficiência de ferro apresenta elevada prevalência mundial, estimando-se que cerca de 60% das gestantes apresentem anemia. Nos países em desenvolvimento, cerca de 1,1 bilhão de mulheres e 96 milhões de gestantes são anêmicas.
 As necessidades de ferro variam, acentuadamente, a cada trimestre gestacional. Os requerimentos não se alteram no primeiro trimestre devido à ausência de menstruação, apesar da vasodilatação generalizada e do aumento no volume plasmático circulante. A partir do segundo trimestre, esses requerimentos começam a se elevar, em decorrência do aumento das necessidades de oxigênio para mãe e o feto, perdurando até o final da gestação, sendo necessário manter os níveis adequados de hemoglobina para garantir a saúde materno-fetal, e para que o feto possa desenvolver-se adequadamente. Caso contrário, o recém-nascido terá mais chance de desenvolver baixo peso. A anemia ferropriva grave e, em alguns casos, a moderada, estão associadas ao aumento da mortalidade materna. Embora não estejam bem esclarecidas as causas do aumento da mortalidade em gestantes anêmicas, apontam-se como possíveis fatores: o comprometimento cardíaco, a hemorragia antes e durante o parto33 e a deficiência do sistema imunológico materno.
A carência materna de ferro durante o período gestacional também pode comprometer o desenvolvimento do cérebro do recém-nascido, levando ao prejuízo no desenvolvimento físico e mental, diminuição da capacidade cognitiva, aprendizagem, concentração, memorização e alteração do estado emocional.
Apesar da falta de conhecimento sobre o mecanismo exato de comprometimento, sabe-se que a deficiência desse mineral está associada às alterações no metabolismo de neurotransmissores e na formação da bainha de mielina. Nos primeiros meses de vida, observa-se redução fisiológica da concentração de hemoglobina e aumento proporcional das reservas corporais de ferro, verificando-se que a absorção de ferro dietético é pequena e vai aumentando à medida que diminuem as reservas corporais, o que geralmente ocorre por volta do quarto ao sexo mês de vida em crianças a termo. Em crianças amamentadas exclusivamente ao seio, consegue-se manter a homeostase de ferro até o quarto ou sexto mês de vida, independente do consumo materno de ferro. A partir daí, elas ficam sujeitas à deficiência, devido à depleção de suas reservas, ao baixo conteúdo de ferro do leite e à introdução da alimentação complementar.  
Os lactentes encontram-se entre os grupos mais vulneráveis à anemia, devido às necessidades aumentadas de ferro para a formação de novos tecidos e expansão do número de hemácias, uma vez que a reserva hepática de ferro encontra-se adequada somente até os primeiros seis meses de vida. Entretanto, caso a deficiência ocorra neste período, a anemia ferropriva pode acarretar redução na condução nervosa e prejuízos na memória, que se tornam irreversíveis mesmo após a correção da deficiência de ferro. A suplementação de ferro na gestação geralmente é recomendada, mesmo na ausência de anemia, objetivando satisfazer o aumento dos requerimentos desse mineral durante os dois últimos trimestres gestacionais. Tal fato deve-se à dificuldade de atendimento das necessidades de ferro serem atingidas somente pela ingestão dietética, principalmente em países em desenvolvimento, onde o padrão alimentar apresenta baixa disponibilidade desse oligoelemento.  Para o período gestacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma suplementação de 60 mg de ferro/dia durante seis meses. Caso a suplementação seja iniciada em um período que não permita atingir os 180 dias até o final da gestação, a dose recomendada passa a ser de 120 mg/dia.

Zinco

O zinco é um micronutriente necessário à reprodução, diferenciação celular, crescimento, desenvolvimento, reparação tecidual e imunidade. Nutriente essencial é constituinte de mais de 300 metaloenzimas que participam no metabolismo de carboidratos, de lipídios e de proteínas e na síntese e degradação de ácidos nucléicos. A deficiência de zinco é responsável por diversas anormalidades bioquímicas e funcionais no organismo humano, devido à participação desse micronutriente em uma ampla gama de processos metabólicos. Os prejuízos na velocidade de crescimento rápido como na infância, e em fases onde as necessidades apresentam-se aumentadas como na gestação e lactação, na função imune e nos resultados obstétricos, são conseqüências dessa carência nutricional que podem ser corrigidas através de suplementação específica. A carência de zinco no período gestacional está relacionada com aborto espontâneo, retardo do crescimento intra-uterino, nascimento pré-termo, pré-eclampsia, prejuízo na função dos linfócitos T, anormalidades congênitas, como retardo neural e prejuízo imunológico fetal.
Por outro lado, a suplementação em gestantes foi responsável pelo aumento na idade gestacional na ocasião do parto e pelo aumento no peso ao nascer, segundo um estudo realizado com mulheres afro-americanas. Os recém-nascidos apresentam um declínio fisiológico nos estoques hepáticos de zinco. Em países em desenvolvimento, o armazenamento desse nutriente em lactentes ainda pode ser reduzido em virtude do baixo peso ao nascer e do deficiente estado nutricional materno, ocasionando anormalidades da função imune e aumento da morbidade por doenças infecciosas.
Portanto, a melhora do estado nutricional de zinco contribui para a diminuição da mortalidade infantil por diarréia e doenças respiratórias. Embora o zinco esteja abundantemente difundido nos alimentos, alguns fatores interferem na sua biodisponibilidade. Uma dieta rica em alimentos integrais e fitatos, a suplementação elevada de ferro (30 mg/dia), fumo, o abuso do álcool e o stress causado por infecção ou trauma podem diminuir a concentração plasmática materna de zinco, reduzindo sua disponibilidade para o feto. Gestantes nessas condições devem receber uma suplementação de 25 mg/dia de zinco, a fim de minimizar o risco de complicações associadas à sua deficiência 52 como a mortalidade neonatal por doenças infecciosas.

Interação de Vitamina A, ferro e zinco

É reconhecida a interação entre o metabolismo da vitamina A, do ferro e do zinco, pois a deficiência de um desses nutrientes pode prejudicar a utilização dos demais pelo organismo humano. O zinco é requerido para a síntese hepática e secreção de RBP, proteína responsável pelo transporte da vitamina A. Portanto, em situações de deficiência desse mineral, a produção de RBP está reduzida, resultando em carência secundária da vitamina A, que é caracterizada pelos baixos níveis séricos de retinol, mesmo na presença de níveis hepáticos adequados dessa vitamina.
Dentro desse contexto, a suplementação de vitamina A combinada com zinco se torna mais eficiente em portadores da DVA, principalmente em puérperas com nutrição inadequada e baixa concentração sérica de zinco. A deficiência de ferro também influencia os níveis séricos de retinol, pois postula-se que sua carência pode comprometer o funcionamento normal da mucosa intestinal, dificultando a absorção da vitamina A proveniente da dieta e prejudicando a sua biodisponibilidade. Em contrapartida, há uma correlação entre a DVA e a anemia, visto que a suplementação dessa vitamina aumenta a mobilização hepática de ferro, estimulando a eritropoiese. A suplementação de vitamina A, juntamente com a de ferro durante a gestação, tem sido sugerida para otimizar a absorção da vitamina A dietética pela melhora da função da mucosa intestinal, que pode estar comprometida na anemia ferropriva.

Portanto, as interações que ocorrem entre o metabolismo do ferro, do zinco e da vitamina A devem ser consideradas na elaboração dos programas de intervenção, objetivando a prevenção e tratamento das deficiências desses micronutrientes de forma mais eficaz, sobretudo para o grupo materno-infantil.

Referências:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1519-38292007000300002&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842010000800007&script=sci_arttext

9 comentários:

  1. Deve ser dada uma atenção especial a gestante quanto as recomendações dietéticas, na gestação e lactação encontram-se elevadas as necessidades de energia, vitaminas, proteínas, lipídeos, sais minerais e água, para que seja satisfeitos a necessidade nutricional do embrião e possibilitar o desenvolvimento crescimento normal do feto, como a vitamina A, ferro e zinco. Vitamina A é importante para o desenvolvimento da pele, mucosas, retina dos olhos aumentando a resistência do organismo do feto. A carência provoca problemas no crescimento, na pele, nas vistas e no peso. Essa vitamina encontra-se na gema de ovo, leite e seus derivados, espinafre, fígado, tomate, chicória, cará, abóbora e mamão.Ferro é necessário para formação das células vermelhas do sangue, essas carregam oxigênio para todas as partes do corpo. A carência pode causar fraqueza, fadiga, tonturas, anemia materna. O ferro encontra-se no fígado, carnes vermelhas, fígado, peixes, frutos do mar e aves, ameixa e outras frutas secas, feijões, hortaliças folhosas, como por exemplo, a couve. Já o zinco é responsável pelo crescimento, imunidade e formação do tecido do feto. Todos esses nutrientes, além de essenciais para o desenvolvimento do feto, reduzem a sua mortalidade.

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  2. Devido aos avanços no controle da desnutrição energético-protéica, as deficiências de micronutrientes adquirem cada vez maior relevância enquanto problema de saúde pública. As deficiências de vitamina A, ferro e zinco ainda apresentam altas prevalências na maioria dos países em desenvolvimento, ocasionando diversos agravos à saúde dos indivíduos. Esses nutrientes são essenciais para o adequado funcionamento do organismo e para a otimização do processo de crescimento e desenvolvimento. A vitamina A é um micronutriente importante para diversos processos metabólicos, tendo papéis fisiológicos muito diversificados, atuando no bom funcionamento do processo visual, na diferenciação celular, na integridade do tecido epitelial, na reprodução e no sistema imunológico. Apresenta especial importância durante os períodos de proliferação e de rápida diferenciação celular tais como a gestação, o período neonatal e a infância. O ferro é o oligoelemento mais abundante no organismo humano. Participa de diversos processos metabólicos, incluindo o transporte de elétrons e oxigênio, o metabolismo de catecolaminas (co-fator da enzima tirosina hidroxilase) e a síntese de DNA. O ferro também é um componente essencial da hemoglobina, da mioglobina, da ferritina e de outras metaloenzimas, que são necessárias para a função celular normal. É de destacar, ainda, o papel do ferro no sistema imune. O zinco cumpre numerosas funções estruturais, bioquímicas e de regulação. Depois do ferro, o zinco é o micromineral com distribuição mais abundante no corpo humano, encontrando-se em grandes quantidades em todos os tecidos. É essencial para o crescimento, a cicatrização e imunização. A deficiência desses micronutrientes, durante o período gestacional, pode trazer consequências adversas para saúde das gestantes e para o desenvolvimento fetal. Durante o período de lactação, as deficiências nutricionais da nutriz podem contribuir para a manutenção de baixas reservas de nutrientes nos lactentes, aumentando as chances para o desenvolvimento de carências nutricionais nos primeiros anos de vida, período em que há maior prevalência de agravos à saúde infantil.

    Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12822011000100016



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  3. Cuidando-se da saúde da grávida, indiretamente estamos poupando a vida do bebê. No caso da nutrição, é importante que a mãe desenvolva uma boa alimentação para adquirir as vitaminas e os micronutrientes cruciais para o bom desenvolvimento gravídico e fetal. Para se ter uma ideia, cerca de 3,6 milhões de crianças morrem durante o período neonatal no mundo. Mais de um terço das mortes dessas crianças são atribuídas à má nutrição materna e da criança. Deficiências de micronutrientes como o ferro, o zinco, vitamina A, dentre outros são prevalentes e podem ocorrer em gestantes. Essas deficiências resultam do consumo inadequado de carnes, frutas e vegetais e, infecções também podem ser a causa. A suplementação multivitamínica em gestantes pode ser uma estratégia promissora para reduzir os resultados adversos na gravidez.

    Fonte : http://atarde.uol.com.br/cienciaevida/noticias/1610723-micronutrientes-na-gravidez

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  4. Aproximadamente 3,6 milhões de crianças morrem durante o período neonatal. Mais de um terço das mortes dessas crianças são atribuídas à má nutrição materna e da criança. Deficiências de micronutrientes como o folato, o ferro e o zinco e, vitaminas A, B6, B12, C, E e B2 são prevalentes e podem ocorrer em gestantes. Essas deficiências resultam do consumo inadequado de carnes, frutas e vegetais e, infecções também podem ser a causa. A suplementação multivitamínica em gestantes pode ser uma estratégia promissora para reduzir os resultados adversos na gravidez.

    Uma alimentação equilibrada deve ser sempre buscada, principalmente no momento da gravidez, em que manutenção da saúde é fundamental. Zinco, ferro e vitamina A apresentam funções diversas no organismos, sendo importantes para prevenção de complicações e crescimento e desenvolvimento apropriado do bebê.
    FONTE
    http://www.giassi.com.br/blog/micronutrientes-importantes-durante-a-gestacao/

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  5. A postagem foi muito interessante na medida em que trabalhou a importância dos micronutrientes para a manutenção da boa saúde durante a gravidez, citando, por exemplo, a Vitamina A, o ferro e o Zinco. Sabe-se que vitamina A, ferro (Mineral que participa de diversos processos importantes como transporte de oxigênio no organismo, prevenção de anemia, entre outros. O consumo de alimentos que contenham ferro previne o trabalho de parto prematuro, mortalidade e baixo peso ao nascimento), e zinco, são micronutrientes essenciais ao pleno funcionamento do organismo humano. Durante o período gestacional, seus requerimentos encontram-se aumentados devido ao intenso crescimento e proliferação celular e, durante a lactação, o leite materno constitui a mais importante fonte destes nutrientes para o recém-nascido e lactente. O atendimento às necessidades nutricionais do grupo materno-infantil, considerado como grupo de risco, para o desenvolvimento de carências nutricionais, deve ser uma preocupação dos profissionais de saúde, e a prevenção e o diagnóstico precoce da deficiência de micronutrientes reveste-se de extrema importância. É importante ainda citar os agravos à saúde decorrentes de sua deficiência e o papel da suplementação no combate ao estado carencial desses micronutrientes. Sugerem-se medidas que concorram para a modificação das práticas alimentares e da qualidade da dieta como estratégia de combate à deficiência de micronutrientes e incluídas no elenco de ações universais da atenção pré-natal. Tais ações podem produzir benefícios para a saúde materno-infantil e contribuir para a redução dos níveis de morbi-mortalidade no binômio mãe-filho, e já são parcialmente iniciadas pelo governo, quando se institui um programa de saúde básica que atende a população e quando existem programas sociais de garantia de renda, como o bolsa família, que em muito diminuiu a fome e a miséria.

    Fonte:
    https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0043.pdf

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  6. A ingestão de nutrientes conforme recomendação da Dietary Reference Intakes (DRIs) é essencial para propiciar os suprimentos necessários para o desenvolvimento físico do futuro bebê e para evitar o desenvolvimento de doenças nas gestantes, como diabetes gestacional e síndrome hipertensiva. Especialmente, é primordial uma nutrição adequada no primeiro trimestre gestacional, período que atua de maneira decisiva no desenvolvimento e diferenciação dos diversos órgãos fetais (FREITAS et al., 2010). Entre os micronutrientes essenciais que garantem o perfeito desenvolvimento fetal/embrionário, destacam-se o ferro e o ácido fólico (FREITAS et al., 2010). Alimentos fontes de ferro, ingeridos durante a gestação, previnem principalmente a anemia ferropriva, doença associada ao maior risco de morbi-mortalidade materno-fetal (FUJIMORI, 2000). Em relação ao ácido fólico, além da prevenção de anemias, esse elemento possui um papel fundamental na multiplicação celular, no crescimento da placenta e do feto. Sua deficiência pode levar a defeitos do tubo neural e espinha bífida (FREITAS et al., 2010). Além da adequação nutricional, outros fatores como o uso de medicamentos impróprios ao período gestacional, a ingestão de bebidas alcoólicas e a utilização de cigarro e seus derivados devem ser observados para assegurar uma boa formação intrauterina. Essas substâncias ultrapassam a barreira placentária e, quando em contato com o embrião/feto, expõe-no aos seus compostos, podendo ocasionar, dentre outras complicações, teratogenicidade, embriotoxicidade e redução do fluxo sanguíneo fetal.
    http://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/viewFile/1740/601

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  7. O assunto tratado no post reitera a importância de um acompanhamento nutricional e médico adequado para a gestante, além de reconfirmar a importância da continuidade programas da atenção básica como o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A e o Programa Nacional de Suplementação de Ferro. Vale relembrar que, além dos micronutrientes citados no post, também tem fundamental importância o ácido fólico, que "é o mais importante fator de risco para os defeitos do tubo neural, como a espinha bífida, identificado até hoje. A suplementação periconcepcional e durante o primeiro trimestre de gravidez tem reduzido tanto o risco de ocorrência como o risco de recorrência para os defeitos do tubo neural em cerca de 50 a 70%. Devido à gravidade dos defeitos do tubo neural e sua morbimortalidade, tornam-se muito importantes o aconselhamento genético, a suplementação dietética com ácido fólico e o diagnóstico pré-natal das malformações do tubo neural."

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    Respostas
    1. Fonte; http://www.scielo.br/pdf/csp/v23n1/02.pdf
      http://brasil.babycenter.com/x1500606/preciso-tomar-algum-suplemento-de-%C3%A1cido-f%C3%B3lico-na-gravidez
      http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_f%C3%B3lico

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  8. A gestação é uma fase delicada da vida da mulher e principalmente para o feto, pois ele está num momento de formação. Por esses motivos é de grande importância que a mãe tenha uma alimentação adequada, para garantir ao feto todos os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Dentre os nutrientes mais importantes, como foi explicado pelo blog, estão o ferro, o zinco e a vitamina A.
    As pesquisas têm correlacionado a adequação das reservas corporais maternas de vitamina A com a redução da mortalidade desse contingente populacional. Portanto, as puérperas no pós-parto imediato, ainda na maternidade, devem receber uma megadose de 200.000 UI de vitamina A (1 cápsula VO), garantindo-se, assim, reposição dos níveis de retinol da mãe e níveis adequados de vitamina A no leite materno até que o bebê atinja os 6 meses de idade, diminuindo-se o risco de deficiência dessa vitamina entre as crianças amamentadas.¹
    A suplementação rotineira de ferro e folato parece prevenir a instalação
    de baixos níveis de hemoglobina no parto e no puerpério. Por isso, o ministério da saúde recomenda a suplementação de 40mg/dia de ferro elementar (200mg de sulfato ferroso). Orienta-se que a ingestão seja realizada uma hora antes das refeições, e que a suplementação de ferro deve ser mantida no pós-parto e no pós-aborto por 3 meses.¹

    Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/caderno_atencao_pre_natal_baixo_risco.pdf

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